sábado, 26 de junho de 2010

O que não salva, padece

Sobra um certo asco, sobra um certo vazio ou pode ser que esteja cheio demais, cheio do que deveria estar vazio e vazio do que deveria estar cheio. Sobra uma podridão, uma falta de ser, uma falta de ter, uma falta de prazer. 

Deixa, deixa que o vento leve toda a sujeira, limpá-la é muito doloroso. Eis que não há ideal algum, eis que suja as mãos nas próprias palavras, se perde logo depois de achar que estava certa, deveras nem certeza há. Pára, para ver a vida que passa, ai pensa estar vivendo, mas parou, morrendo... e não vivendo, sobrevive até que tudo sufoca.
Morrendo... e não vivendo.

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