terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tem que haver algo errado, todo esse esforço parece não ser suficiente quando tudo pelo o que eu grito você parece querer gritar mais, ou tudo pelo o que você luta eu pareço desistir pra não ter que doer além do necessário. Tanto tempo enclausurando demônios e libertá-los pra quê? Pra que outros pudessem invadir meu espaço com uma horda que eu não posso suportar. Todo dia eu digo que estou aqui, estou esperando ligações, esperando "bom dia", a observar a vida que passa enquanto eu faço alguma coisa só pra ocupar a cabeça. Por algum motivo eu acredito que no final as coisas ficam melhores, mas no final a gente só morre não é? Então é tudo um conto, é tudo magnífico quando eu crio as minhas teorias, quando eu penso que vou sorrir mais amanhã do que hoje, quando eu penso que dormir resolve, dormir renova o corpo, mas os mesmos pensamentos vão invadir e mudar tudo aqui dentro todos os dias. Eu poderia saber desde o começo de tudo, desde o começo do século, desde o começo da minha existência, desde a minha pré-existência, que eu poderia machucar quem eu quisesse, mas eu não poderia esperar muito depois, eu poderia escolher quem eu quisesse, mas não poderia cobrar muito depois, eu poderia mudar dia após dia sem ter muito de mim. Nada precisaria ser, existir, acontecer... nós todos somos movidos pela mesma vontade de chegar em algum lugar e pelo mesmo medo de talvez nunca alcançar. Então ao invés de criar expectativas eu só queria desligar.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tem momentos que eu me sinto incapaz, incapaz de completar espaços, lacunas que parecem não me comportar. Fico tão longe, longe dos outros e de mim mesma, quando me dou conta, nem sei ao menos dizer onde é que eu estava. Quando me perco em pensamentos, não é por mal, confesso que eu gosto de voltar e me deparar com os seus olhos. Fico me perguntando por que me escolheu para ter tantos sonhos, ideias... para ter. Me confunde ao dançarmos descompassadas, mas eu aprendi que sair do compasso também faz parte, desde que você possa voltar para a minha dança, independentemente de quem guie.
Não tenho medo de perder, só tenho medo de que no tempo em que estivermos juntas, eu não faça o suficiente para que seus dias possam ser preenchidos de uma felicidade extasiante. Porque, uma hora, todo mundo perde, perde algumas coisas ou perde tudo. Mas mesmo que eu a perca, pelo motivo que for, que eu possa levar lembranças dos seus sorrisos, da sua alegria, da sua arte, do seu amor, do nosso amor.
Não sei as facetas dessa vida, não sei os desdobramentos desse nosso ter. Minhas previsões são meras montagens de possibilidades mirabolantes, são sonhos de um coração jovem, são emoções de um corpo cheio de vida. Eu apenas penso que quando tudo passar, quando o tempo nos consumir, quando nossas forças se esvaírem, você vai ficar?

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ela mora tão longe dos meus abraços, ela mora tão longe dos meus beijos, ela mora longe do encontro dos nossos olhares. Então me perguntam: "Onde mora ela?" Só tenho a dizer que ela mora juntinho com a saudade.

domingo, 12 de agosto de 2012

Não há amor sem paixão, mas há paixão sem amor.
O amor liberta, a paixão prende.
O amor conserva, a paixão consome.
O amor entende, a paixão enlouquece.
O amor cadencia, a paixão explode.
O amor sorri, a paixão apenas chora.
O amor não fere, a paixão é egoísta.
O amor cala, a paixão grita.
O amor aconselha, a paixão manda.
O amor espera, a paixão sufoca.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Aos poucos alguma coisa vai tampando o sol, e me protege da dor, aos poucos eu vou me tornando inteira, sem remendos. Como uma reconstrução de mim mesma. Cheguei ao nada, acho que é até melhor chegar ao nada, porque dali em diante tudo pôde se tornar novo aqui dentro. Vou achando na minha solidão a minha companhia, só eu e minhas lembranças, pensamentos...
Não cheguei ao fundo de lugar algum, eu apenas transcendi as barreiras de todos os meus limites, me desrespeitei ao passo que, também, desrespeitei outras pessoas. Sinto como se tivesse morrido, a única coisa que existia era um organismo que ia funcionando, mas sem nada, vazio. Renasci, me reinventei, me recriei, me compreendi de fora pra dentro, de dentro pra fora, de todos os referenciais possíveis.
Chega um momento que você diz "chega" pra si mesmo e para o mundo. Chega! Eu vou respirar, eu vou fazer o que tenho que fazer, aliás, há muito assunto inacabado, muita água rolando. Não estou deixando nada de lado, só estou deixando cada peça se encaixar onde houver compatibilidade, não dá pra forçar uma peça onde ela não faz seu par, quanto mais forçar, mais você vai estragar, então você acaba perdendo.
Nem sempre perder é algo ruim, até porque a gente perde tanto na vida, mas perder faz parte. Porém há que se pontuar que existe aquilo que nunca agrada a ninguém perder, e cada um tem a sua "preciosidade", eu tenho a minha, tenho até algumas, mas o fato de não querer ser privada do que amo, não significa que eu tenho o direito de prender. Então voe o que, ou quem, tiver a necessidade de voar. Meu amor vai permanecer aqui e a saudade, também.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Só eu sei como meu coração dispara quando ouço a voz, quando vejo o rosto, quando sou abraçada, e mais ainda quando sou beijada por você. Eu amo você e não me canso de amar, e se me sinto triste, é as vezes, porque na maior parte do tempo eu contemplo as suas melhores lembranças que cravaram em mim pra nunca mais sair. Mas só eu sei o quanto dói, quando dói. Porém o melhor de tudo é meu sorriso, até mesmo andando pela rua, pelas salas, pelas lojas, sozinha, quando penso em você.

domingo, 5 de agosto de 2012

"Não faz assim", ela dizia com aquele olhar triste, me puxava e me abraçava, eu magoava ela. Me avisou tanto, bateu na mesma tecla, segurou a barra, eu joguei tudo fora, joguei por falta de cuidado, não por falta de amor. É tão ruim sentir tudo despedaçado, tão ruim sentir uma faca rasgando o coração. Eu larguei tudo, eu esqueci do mundo e o mundo aos poucos vai me esquecendo. Larguei os treinos, larguei dos amigos, e fiquei presa nesse quarto, andei pelas ruas sozinha, e vou andando. Eu não sei explicar esse sentimento, mas é solidão e saudade de uma só pessoa, como se todo o resto não importasse. Mas a saudade de quem já não quer mais minha presença, acho até que quase ninguém mais quer. Estou arrastando os dias, estou costurando as feridas, algumas são tão imensas que eu só estou deixando me consumir, porque eu já desisti de curá-las.
Eu falo alto e ouço ela me repreendendo ao pé do ouvido, "não faz isso", e meu coração fica apertado, e eu me arrependo do que fiz, mas não há tempo de pedir desculpas. Quando eu penso em me livrar do resto que tenho, eu vejo os olhos dela me olhando com tanto amor e carinho, que eu simplesmente deixo a aliança comigo todos os dias, em todos os lugares, deixo o leão, doce e feroz, aqui comigo. O leão feroz anda murchinho, bobo e esquecido. Às vezes ando tão esquecida que me pego chorando, sozinha, com tudo engasgado, amor, dor, saudade, gritos, já a tristeza é escancarada, quem me vê andando por aí sabe que a felicidade saiu pela porta dos fundos e me deixou aqui.
É engraçado como lembro do primeiro dia em que estive naquele apartamento, sua camiseta era preta com os dizeres "Dior" em pedrinhas brilhantes, algumas já não estavam mais lá, com um shorts bege com bolsos e um cordão para amarrar e um chinelo preto, ganhei três quedas no uno, derrubei suas fotos e derrubei você da cama também. O dia estava agradável, eu estava de regata branca, com uma bermuda azul e all star claro, lembro até do porteiro fazendo piadinha sobre mim. Mas o primeiro dia em que te encontrei em frente aquele conjunto de prédios, foi bom, você estava com uma camiseta de mangas compridas e meia gola branca, calça jeans escura, e crocs hahahaha, crocs, achei engraçado vê-la de crocs. Ficamos conversando por algum tempo, nada demais.
Eu lembro tanta coisa, e você, provavelmente, é a única pessoa no mundo que não gosta ao mesmo tempo de água de coco, caldo de cana, refrigerante com gás e chips, mas eu adorava tomar suco de pêssego com você. Eu sempre lembro dos seus trejeitos, das suas manias, do seu jeito de arrumar a franja quando ela cai no rosto ou quando alguém mexe nela, você tem um jeito engraçado com as mãos quando gesticula, eu gostava de ficar observando você gesticular, até quando brigava comigo, suas pausas ao falar. Gosto do seu sorriso quando fala das coisas bobas ou erradas que fez ou quando vê alguém fazendo algo engraçado, tem um sorriso diferente, sorriso de arteira. Eu sinto saudade desse sorriso.
Eu gostava muito quando ela deitava no meu colo, nossa, parecia que eu me encaixava em algo nessa vida, parecia que ela se encaixava tão bem dentro da minha vida. Quando eu tinha de ir, meu coração apertava, mas eu ia, sem dizer nada, eu ia embora. Quando eu sabia que ia ao seu encontro, eu contava as horas, pedia pra que passassem depressa, pra que eu pudesse ver meu dia completo, ao seu lado. Era tão bom sentir a brisa suave entrando pela janela do seu quarto vindo ao nosso encontro, ao encontro de corpos entrelaçados e solitários dentro da noite. Sinto vontade de cozinhar pra você e te cuidar. Mas o tempo passou, você seguiu com suas coisas, vai conhecer alguém e, talvez, não se lembrará de mim mais.
Minha saudade atinge desde os momentos em que nós nos esquecíamos deitadas em sua cama, até nossas brigas, muitas vezes por coisas bobas e causadas por mim. Saudade de fazer cocegas em você e, em meio a risadas, olhar pesadamente em seus olhos e te beijar delicadamente. Saudade de um único banho em que sua companhia foi bem melhor do que a minha solidão de todos os banhos que tive. Saudade das poucas vezes que cuidei de você, saudade de acordar do seu lado e te dar um beijo de bom dia, de abraçar seu corpo gelado.
Saudade de te olhar e começar a sorrir, e rir, e sentir que meu único motivo, e não precisava de outro, aquele que me fazia imensamente feliz, era você. Saudade de ficar só te olhando, pensando que tudo parecia um sonho, e ser tão real me assustava. Saudade do seu beijo macio, apaixonado, em que você se deixava ficar completamente vulnerável, sem pensar o que se seguiria, só ia se entregando cada vez mais. Saudade do seu abraço repentino, forte, duradouro, como se tudo que tinha na vida estava ali no meio dos seus braços. Era bom me sentir parte de um amor como o nosso. Nunca passou pela minha cabeça que um dia eu iria olhar pra alguém e pensar "quero me casar com você", nem mesmo conversar sobre morar na mesma casa, sob o mesmo teto, era insano, mas naquele momento era um sonho.
Estou olhando seu coração voando pra longe, ultrapassando barreiras e deixando o meu aqui, solitário, mas não é culpa sua, a culpa é minha, os erros foram, na esmagadora parte do tempo, meus. Mas eu não sei, ainda sonho, ainda monto histórias nossas, juntas, casadas, sorrindo e vivendo tantas coisas, eu ando com você me falando coisas, como se soubesse exatamente o que me diria em alguns momentos. Crio uma vida inteira ao seu lado, mas tudo aqui, dentro dessa cabeça que não desliga, nem mesmo quando fujo pra dentro dos livros e conheço milhares de personagens diferentes e reflito sobre eles, eu paro de pensar em você.
Eu lembro quando nos amamos sob o som de Ana Carolina, com tanta ternura, eu viveria milhares, milhões, bilhões de vezes aquele momento, eu recrio ele e outros por horas, como se recordar tudo isso me fizesse menos vazia agora, fizesse da minha vida um pouco menos sem sentido, sem rumo. Era incrível, e quando eu paro pra lembrar eu vejo o quanto eu tinha, exatamente, tudo. Tudo que eu precisava, como minha vida estava andando e se encaminhando. Agora nossa história não passa de uma ilusão em minha vida, e dessa ilusão que vivo os dias, sonhando e me imaginando ao seu lado, construindo um mundo paralelo onde eu sou feliz ao seu lado e levando o meu mundo onde eu sou...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Eu não quero uma casa enorme, eu quero uma casa pequeninha pra que meu vazio não ecoe nas paredes fazendo com que tudo pareça mais solitário. Eu quero uma cama pequena pra que nela não caiba a saudade do seu corpo. Eu quero cães para que o barulho deles não deixem o silêncio invadir-me e fazer com que eu sinta falta de te encarar quietinha, lendo seus olhares. Eu quero um chuveiro frio para que tenha pressa no banho, eu quero um sono pesado para que não encare meus sonhos. Eu não quero a escuridão porque ela me leva, sempre, a pensar em você, eu não quero o ócio, eu quero o agito porque só assim por alguns momentos eu vou te esquecer.
Estou acabada.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quando eu falo que quero te ver, você me pergunta "pra quê?", e isso me corta, me quebra e me deixa mal. Devia só parar de te amar, devia parar de me importar. Eu devia mesmo era sumir, era perder todas as memórias da minha vida toda e começar tudo  do zero, assim quem sabe eu possa voltar a sorrir sem ter que fingir.
Às vezes (sempre) eu tenho vontade de correr até a sua casa, de te dar um puta abraço, daqueles que você corresponde e ficamos por muito tempo ali, e pedir pra que fique comigo, pra que case comigo, pra que me ame até quando... sem essa de até quando, só me ame.
O céu amanheceu tão morto, e mesmo depois da minha curta noite de sono eu acordei e olhei pra ele e pensei em como você estaria num cantinho, só e triste, como estava o dia. Eu rodei por aí e resolvi lhe dar uma rosa, e quando eu vi aquela flor que parecia brilhar com seu destaque entre todas as outras, eu pensei que seria a melhor que eu pudesse dar. Ela lembrava a alvorada, um amanhecer que hoje eu não vi, que você não viu, e que talvez nela você pudesse ver e, assim, sorrir e se alegrar admirando-a.
Mas a rosa, como eu, ficou abandonada, para que os passantes olhassem, para que alguém levasse ou para que o mundo engolisse. Ela não tinha espinhos, ela era delicada, não tinha armas para lutar contra o que pudesse lhe ocorrer. A pequena ficou sozinha, para a escuridão a consumir e agora talvez esteja onde deveria estar, ou talvez nunca deveria ter saído de onde saiu, na floricultura ela tinha água e ambiente climatizado, não tinha espinhos, mas tinha seu par, ou pares. Talvez eu me pareça com a rosa.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Eu não sonhava com cores, era tudo bem preto e branco, era tudo sem importância, eu realmente não ligava se chegaria a algum lugar ou se teria dinheiro e uma casa só minha pra morar. Agora eu também não ligo se minha saúde está indo pro buraco e se está tudo certo, se eu ando desperdiçando vida quando acordo a qualquer hora e fico horas sentada olhando para o nada. Sinceramente eu me importei quando sonhei em acordar do seu lado o resto da minha vida, não sei porque eu me importei tanto, porque casar sempre me assustou muito, mas do seu lado era diferente, eu tinha um sentimento que me completava de uma forma que eu, realmente, adoraria saber explicar. Novamente tudo já não faz sentido (clichê), mas é estranho que eu sonhei um dia que estava chegando em nossa casa, depois de trabalhar, você já havia chegado, então eu me envolvi toda nos seus braços e se existisse algum sentimento bom em mim, aquele era todo seu, inteiramente, e no sonho a gente ria e entendia nossos pensamentos, porque pareciam tão fáceis de prever, você me lia e relia dos pés a cabeça como sempre e eu sorria e me divertia com esse seu jeito.
Eu joguei um vaso precioso no chão, tão cheio, tão incrível, tão amado, e ele espatifou em mil pedaços, aqueles pedaços entraram em minha carne e encravaram se tornando parte de mim, a dor era cada vez mais terrível, e cada dia mais eu desejava a morte a ter que sentir tudo. Eu tentei tantos remédios, mas as feridas expostas me afundavam em dor, e tentando esquecê-las eu ia vivendo, seguindo, mas as pancadas que tomava nelas o tempo todo, mantinham-nas abertas, e eu sozinha sentia escorrer o sangue que regava minhas noites sem sono ou mal dormidas. Não há lugar bom para estar, não há diversão para se apreciar, não há boa comida para se degustar, nem em esperanças se pode falar. Havia um motivo que me fazia sonhar mais alto do que eu imaginava chegar um dia, não consigo nem me esforçar, nem mesmo fingir que não penso que tudo o que faço é em vão. Minha vida sempre foi um misto de nada com o que deve ser feito, que as vezes eu até me engano quando penso no que eu realmente gosto.
Nunca mais vou te ter de novo, de novo e de novo, e quantos "de novo" forem necessários, eles nem existem mais. Você sempre me jogou pra frente, quando me conheceu, eu era parada, eu estava fazendo tudo por fazer, tudo o que eu queria era por mera necessidade e por pressão social. Mas quando eu a tive, eu precisava fazer tudo aquilo, eu precisava depois de um dia inteiro deitar do seu lado e ver que minha vida fazia algum sentido. Estava sempre ali, de braços abertos, a me esperar, me amando, me vivendo, por momentos eu assisti, por momento eu me segurei, eu errei, e não tenho medo de dizer que errei, eu só tenho raiva de dizer isso, de saber disso.
Você se foi pra nunca mais voltar, eu fiquei e você andou, você se apaixonou, você se entregou, você trocou palavras de afeto com um outro alguém, e eu me esqueci, me abandonei, me perdi. Sei, porém, que dor, saudade, arrependimento e o amor que sinto não vão trazer você de volta. Te amei demais, te amo demais, mas esse amor ficou aqui e não ai, que era o único lugar em que deveria estar. Você já está bem, você já está feliz novamente, pena que não é ao meu lado, pena que alguém vai levar seu coração e todo o seu amor pra bem longe de mim, e eu, bem, eu, por outro lado, vou ficando aqui.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Não sei o que a vida me reserva, mas se for pra machucar, deixa estar. Não estou preparada pra encarar aqueles olhos, olhos que eu sempre tive prazer em ver, apesar de não demonstrar, mas esse meu amor, enorme como vai, não te espera, coração, mesmo sabendo que você não quer que espere, mas ele já vai calando a tristeza, não por amar demais, mas por não ver em ti amor correspondido. Tudo bem, a gente aprende, a gente vai cicatrizando feridas, vai amenizando dores, até que num amanhã que há de vir, só o que restará será lembranças, vagas, completas. Seja como for, eu amo ainda, eu sinto aqui palpitar cada vez que penso em você, sinto como se em seus braços estivesse, e uma sensação extasiante me invade. Mas está tudo bem, se doer um dia ou outro, eu vou entender, é assim, foi assim, mesmo que não tenha sido o que tinha que ser, mesmo que meu avesso tenha te marcado da cabeça aos pés, e o lado certo, aquele descoberto, que o tempo todo eu achava que era toda errado, desabrochou, tarde demais, talvez na hora certa, ah meu bem, só o tempo dirá. Que amanhã seu sorriso preencha seu mundo de uma felicidade que te complete, que não te faça desistir, meu desejo é apenas que sejas tu. 

sábado, 7 de julho de 2012

Somos um tanto quanto parecidas, não é?! Só queremos fugir para uma realidade que seja leve. Mas temos muito o que deixar, não é?! Esse é nosso único medo, abandonar.
Mas temos que viver, porém nem mesmo temos tanta noção do que significa isso. Será que se tivermos um grande emprego, um ótimo lugar para morar, uma família linda, será que se tivermos isso tudo seremos felizes?
Talvez o necessário seja apenas um cantinho, dois olhos que se cruzam, e que no fim do dia possamos abraçar alguém que faça nosso coração bater tão intensamente que parece nunca mais parar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012


Tem hora que a gente só quer entregar os pontos e deixar que o silêncio do nosso travesseiro console nossos olhos inchados.

sábado, 14 de abril de 2012

I won't give up


Eu fico pensando aqui quietinha, calada - "o que é viver?" - então, eu me deparo com um salto na escuridão a espera de uma mão que me puxe e me dê novo fôlego. Em seguida sei que poderei ver mais claramente a vida, com menos medos, com mais sonhos, quando você me dá a mão e me enche de novo de esperança.
E novamente estou sozinha, tudo desaparece, e a escuridão me acerta, por que sem sua luz, me vejo nas trevas, com um buraco me puxando, sugando minhas forças.. Por que não vem? Deixa eu abraçar você e chorar e sorrir, independentemente do que acontecer, por que esperar para ser feliz?
Viver é se jogar, se arriscar, mas, também, é medir, é temer, e maior que isso.. é sonhar e muito além.. é amar. por onde anda seu sorriso? Por que esconde ele debaixo dessa tristeza toda? Deixa ele ser livre, deixa ele me atingir e tornar meus dias especiais, não o aprisione assim, porque ele é a parte essencial dos seus dias, e é a que faz dos meus, completos.

sábado, 10 de março de 2012

podia ser adeus

eu queria saber ser tudo isso que minha cabeça consegue criar todos os dias, esse ser amável que só minha mente sabe delinear, seria tão bom sorrisos forjados só pra não ter que explicar que tudo está aos pedaços todo o tempo.
seria melhor ainda não ter que lidar com a própria loucura, com o próprio desgosto, com a própria tristeza, lidar com o que é dos outros é sempre uma forma de perceber que o que é seu se esconde. tudo desaparece sob a sombra de outros problemas, outras loucuras, outros desamores.
ser bom, mas sempre faltar um pedaço que faz com que nunca possa se amar, nunca possa se sentir inteiro, como faltar partes de seu próprio corpo e ninguém entende porque você chora, você simplesmente chora, porque o que falta é bem mais do que qualquer um poderia entender.
e ninguém vai se importar quando o sol desaparecer e ninguém mais poder ver seu rosto sob a escuridão, todos simplesmente dirão adeus. quando apenas a Lua o guiará e será sua  companhia e a única coisa que verá a tua solidão se escondendo nos becos e cortando suas últimas esperanças em meio a lamentações de um tempo que nunca voltará.
mesmo que o tempo tenha sido minutos atrás, horas, poucos dias... sentindo-se como se fossem dias perdidos pelo simples fato de não ter a ciência de como se viver. porém ninguém vai se importar se você apenas precisar chorar, porque o tempo não espera ninguém, ele pune, e ninguém quer se sentir punido com o tempo perdido em seu choro.